DANÇANDO COM A DIFERENÇA PARTE EM DIGRESSÃO EUROPEIA
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DANÇANDO COM A DIFERENÇA PARTE EM DIGRESSÃO EUROPEIA
Digressão começa já amanhã. Antuérpia, Sevilha, Hamburgo, Porto e Toulouse são as cidades que vão acolher os espetáculos da Companhia de Dança Inclusiva.
A internacionalização do repertório da Cia Dançando com a Diferença tem sido cada vez mais notória. A tour começa já amanhã, em Antuérpia - no DE Singel – International Arts Center – e termina quase na segunda quinzena de março, no Téâthre Garonne, em Toulouse.
“Blasons/Doesdicon”, programa duplo composto pelas obras do francês François Chaignaud e da portuguesa Tânia Carvalho, sobe ao palco belga nos próximos dias 09 e 10 de fevereiro, pelas 20h locais.
Em BLASONS, uma peça curta com cerca de 25 minutos de duração que se assume uma espécie de ritual de observação para iniciar o resto da noite, “os bailarinos não são mais os corpos estranhos, magníficos ou curiosos que passamos a observar e esquadrinhar – eles oferecem-se para nos mostrar sua maneira de brasonar o mundo, ou seja, de olhar o público para dançar um elogio ou uma sátira. O brasão torna-se então um ato de empoderamento, através do qual se recupera a legitimidade da própria perceção.”
DOESDICON, um anagrama da palavra ‘escondido’, o público é convidado a entrar no universo surreal e grotesco de Tânia Carvalho, em que os corpos aparecem e desaparecem, através do trabalho dos contrastes rítmicos do corpo em deslocação ou não.
Com a duração total aproximada de 1h15, as duas peças que têm sido sempre apresentadas em duo, entram novamente em cena uma semana depois, a 16 e 17 de fevereiro, desta vez no Teatro Central em Sevilha, pelas 19h30.
Ainda no mês de fevereiro, no Teatro Kampnagel - em Hamburgo - a Companhia apresenta ÔSS, criação de Marlene Monteiro Freitas, estreada em 2022, que aborda o lugar ocupado pelos corpos em palco, e explora da relação dos intérpretes com as diferentes partes dos seus corpos. As sessões acontecem pelas 20h locais, nos dias 22, 23 e 24 de fevereiro. De salientar ainda, uma visita tátil destinada aos espectadores com baixa visão, que decorre pelas 19h, no dia da primeira subida a palco.
Também com este espetáculo, a Dançando com a Diferença estará de regresso a território nacional, desta vez para apresentar ÔSS, no Rivoli, Porto. O espetáculo de Marlene Monteiro Freitas estará em cena no Teatro Municipal, nos dias 08 e 09 de março, pelas 19h30. Pelas 15h30 de dia 09, o público poderá ficar a conhecer melhor o trabalho da Cia numa oficina gratuita orientada por Mariana Tembe e Milton Branco, ambos bailarinos.
A encerrar a digressão, Happy Island estará no Téâthre Garonne, em Toulouse. Nos dias 12, 13 e 14 de março. A criação de La Ribot, datada de 2018, que convida a um olhar atento, a ver para além da historiografia dos gestos do quotidiano que já ganharam estatuto de arte, sobe ao palco do conhecido teatro francês pelas 20h.
Para Henrique Amoedo, fundador e diretor artístico da Cia. de dança profissional que integra pessoas com e sem deficiência no seu elenco, “esta tour é mais um passo importante no percurso que a Dançando com a Diferença tem vindo a fazer, nas últimas décadas. O reconhecimento da qualidade do nosso repertório pelos grandes palcos nacionais e internacionais foi algo que sempre almejámos e que, aos poucos, através do crescente interesse dos programadores e do público pela representatividade de corpos não normativos em cena, é uma realidade cada vez mais próxima.”
Os interessados devem adquirir os seus bilhetes, para assistir aos diferentes espetáculos. No link: https://linkme.bio/dancandodiferenca?fbclid=IwAR2RVVs3OpzvxAn6cKg7SS4wVONHLaeZdY8CrhA6rPP2lwNHlN5A1lVNotc, é possível aceder a cada uma das páginas web e saber mais.
A Cia. Dançando com a Diferença é uma estrutura financiada por República Portuguesa - XXIII Governo / Direção-Geral das Artes (2023 - 2026), pelo Governo Regional da Madeira e pela Câmara Municipal do Funchal. É companhia residente no MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira e projeto residente no Teatro Viriato, em Viseu. Com o apoio de Gripo Porto Bay e Júlio Silva Castro.