Geomara troca aprendizagens com a Dançando com a Diferença
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Geomara troca aprendizagens com a Dançando com a Diferença
O primeiro contacto de Geomara Sanchez com a Dançando com a Diferença aconteceu em Tarragona, Espanha, onde assistiu a um espetáculo e participou num workshop.
Naquele momento, ficou claro para ela que queria aprender, ensinar e partilhar conhecimentos com a Companhia.
Recentemente, esse sonho tornou-se realidade. Durante três semanas, a bailarina, professora e coreógrafa espanhola mergulhou no universo da Dançando com a Diferença, na Madeira. Partilhou a sua arte e, ao mesmo tempo, recebeu um acervo inestimável de experiências e aprendizagens. No último dia, em tom de despedida, conduziu uma aula carregada de emoção e significado.
"Esta experiência foi impressionante. Os bailarinos são incríveis, trazem uma profundidade única aos movimentos. Cada um tem uma expressividade singular e isso impactou-me profundamente", conta-nos.
A artista espanhola, de 25 anos, natural de Múrcia, sempre soube que o seu caminho estaria ligado à Dança e às causas sociais. Trabalha com a sua paixão, na Companhia Profissional de dança contemporânea Así Somos fundada em 2003 pela ASSIDO (Associação para Pessoas com Síndrome de Down), no seu País natal.
Nesta experiência imersiva, na Madeira, a artista destacou uma grande aprendizagem: a expressão teatral. "Aqui [na Dançando com a Diferença] trabalha-se muito a gestualidade e o movimento facial. É algo que quero levar para Espanha e colocar em prática com os bailarinos.”
Durante a sua estadia, também participou no workshop, dinamizado pela companhia, aberto à comunidade, intitulado "Dança e Filosofia: Ética, Raízes e Horizontes do Presente Frágil", ministrado por Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão — fundadores da Nuisis Zobop, uma associação de criação, investigação e formação em artes performativas.
“Foi muito interessante, pois trabalhou profundamente o corpo, a fragilidade e a delicadeza, sendo uma experiência bonita. Além disso, a Companhia Dançando com a Diferença abre portas a estas oportunidades de virem coreógrafos de fora conduzir estes workshops. Em termos de aquisição de conhecimentos é muito importante”, diz-nos a artista de sorriso fácil.
Descontraída e já com pena de deixar a Madeira e os seus companheiros de dança, que elogiou a “abertura”, os “afetos” e a “energia contagiante”, Geomara Sanchez salientou a riqueza desta permuta artística, lançando o convite para outros bailarinos e coreógrafos. “Se eu pudesse dizer alguma coisa a um colega de profissão sobre esta experiência seria para que viessem cá vivê-la como tal como eu: desde o seu interior. Aqui também tem algo muito interessante que é a parte de investigação, vale muito a pena”, realça.
Published at 10 March, 2025
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